O partido Progressistas, alinhado ao governador Antonio Denarium, entrou com um pedido judicial para anular a reeleição do presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), deputado Soldado Sampaio (Republicanos). A ação ocorre em meio a um contexto político conturbado após a abertura de um processo de impeachment contra o chefe do Executivo estadual no início desta semana.
Soldado Sampaio foi reconduzido ao cargo de presidente da ALE-RR em fevereiro deste ano, antecipadamente para o biênio 2025/2026, com votos unânimes dos 24 deputados estaduais. A composição da Mesa Diretora também inclui nomes como Marcelo Cabral (Cidadania) como 1º vice-presidente e Chico Mozart (Progressista) como 2º vice-presidente, entre outros membros.
O Progressistas argumenta que a recondução de Soldado Sampaio é ilegal, citando que a legislação permite apenas uma reeleição para o cargo. Em resposta, o presidente da ALE-RR defende que a eleição da Mesa Diretora ocorreu dentro dos parâmetros legais estabelecidos pelo Regimento Interno da Assembleia e pela Constituição do Estado de Roraima.
Em nota oficial, Soldado Sampaio afirmou que a ação judicial movida pelo Progressistas representa uma tentativa de interferência do Executivo no Legislativo, em clara violação ao princípio constitucional da separação dos poderes. Ele ressaltou seu compromisso em proteger a independência dos poderes constituídos e a soberania do povo de Roraima.
O presidente da ALE-RR também destacou que seu rompimento político com o governador Denarium, ocorrido no início deste ano, foi motivado por questões como o uso de serviços de inteligência para espionar membros do parlamento e alegações de interferência nas composições políticas municipais.