Em 2024, 90,7% das crianças de 6 a 10 anos estavam na série adequada, proporção semelhante à de 2023, mas ainda abaixo do período pré-pandemia, quando o índice era de 95,7%. Segundo o IBGE, a defasagem é resultado do atraso na entrada das crianças na pré-escola durante a covid-19, o que repercutiu no ensino fundamental.
Entre jovens de 11 a 14 anos, 89,1% estavam no ano escolar correto, superando o nível pré-pandemia, mas ainda aquém da meta do Plano Nacional de Educação, que estabelece 95% dos adolescentes de 14 anos com o fundamental concluído. Na educação infantil, o país também não atinge as metas: 39,7% das crianças de até 3 anos frequentavam creches, e 93,5% das de 4 e 5 anos estavam na pré-escola, embora ambos os indicadores sejam os maiores já registrados.
O estudo também revela desigualdades persistentes. Pessoas de 18 a 29 anos têm, em média, 11,9 anos de estudo, abaixo da meta de 12, e há diferenças marcantes entre grupos sociais: brancos estudam mais que pretos e pardos, e jovens das famílias mais ricas acumulam quase três anos a mais de estudo do que os das famílias mais pobres.
