Na última terça-feira (5), a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) aprovou, por 19 votos a favor, o Projeto de Lei (PL) nº 242/2024, de autoria do deputado Marcos Jorge (Republicanos), que altera oficialmente o nome do município de São Luiz para São Luiz do Anauá.
O projeto, conforme sua justificativa, atende a uma demanda histórica dos moradores, que já haviam aprovado a mudança por meio de plebiscito durante as Eleições Municipais de 2024. A alteração visa apenas formalizar o nome, uma vez que a cidade já é amplamente conhecida como São Luiz do Anauá desde sua fundação.
Durante a votação, o parlamentar destacou a importância da formalização dessa mudança para a população local. Agora, o projeto segue para o Poder Executivo, que decidirá sobre sua aprovação final.
“Há um sentimento de pertencimento muito forte naquele município, que faz parte da minha história. Quero agradecer a todos os deputados, especialmente ao presidente Sampaio, que se envolveu em todas as etapas, incluindo a petição ao TRE, pela condução do processo, a custo zero, com a eleição municipal, onde todos os residentes votaram para vereador, prefeito e pela mudança do nome do município”, afirmou Marcos Jorge.
A lei prevê que a alteração do nome seja implementada em todos os órgãos oficiais e documentos públicos dentro de um prazo de 180 dias após a publicação da lei.
Histórico de São Luiz do Anauá
O município de São Luiz foi criado pela Lei Federal nº 7.009, em 1º de julho de 1982, a partir do desmembramento de Caracaraí, no sul de Roraima. Acredita-se que muitos dos pioneiros que colonizaram a região eram originários de São Luís, no Maranhão, o que inspirou a escolha do nome São Luiz para a cidade. Para diferenciá-la da capital maranhense, a grafia foi modificada para “São Luiz” com “Z” e a palavra “do Anauá” foi adicionada devido ao rio Anauá, que corta a região, originando o nome “São Luiz do Anauá”.
Entretanto, durante o registro oficial da cidade, o nome foi registrado apenas como São Luiz.
A Importância do Reconhecimento
O pesquisador Maurício Zouein destacou que a mudança não se trata apenas de um ajuste administrativo, mas também de um reconhecimento cultural. “Não é só uma questão de normas e leis, mas de respeitar a vontade da comunidade e fortalecer o sentimento de pertencimento”, afirmou Zouein. “A cultura e a história são fundamentais para um povo, e essa mudança vai ao encontro da necessidade da população”, completou.