A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) iniciou investigações sobre graves denúncias relacionadas à grilagem de terras no estado. Em uma reunião realizada em Rorainópolis, moradores de várias regiões relataram abusos, como ameaças de morte, destruição de propriedades e torturas. Um exemplo é o caso de Marta Valéria, produtora rural da Gleba PDA Anauá, que relatou como grileiros destruíram plantações e queimaram barracos, afetando diretamente ela e 80 famílias que dependem da terra para sua sobrevivência.
Além de relatos como o de Marta, outros agricultores também compartilharam suas experiências de intimidação por parte de invasores, que reivindicam a posse de terras. A comissão, formada em fevereiro, tem como objetivo apurar denúncias de uma possível organização criminosa envolvida na apropriação ilegal de terras públicas e privadas. O deputado Soldado Sampaio, presidente da ALE-RR, enfatizou que as investigações serão rigorosas, com o compromisso de identificar e responsabilizar os envolvidos em tais práticas.
O trabalho da CPI está apenas começando. A comissão seguirá com diligências e utilizará tecnologia, como imagens de satélite, para mapear as áreas afetadas pela grilagem. O presidente da CPI, deputado Jorge Everton, afirmou que a regularização fundiária é uma das soluções para resolver os conflitos, e a comissão está empenhada em garantir os direitos dos produtores e garantir a justiça para as vítimas desses crimes.
