Ministério da Saúde recebe nova remessa de canetas reutilizáveis de insulina e reforça produção nacional

O Ministério da Saúde recebeu uma nova remessa de 321,4 mil canetas reutilizáveis para aplicação de insulina NPH e regular. A distribuição aos estados começou na sexta-feira, 12, e até outubro serão entregues mais 2,2 milhões de unidades, totalizando 2,5 milhões de canetas, garantindo o abastecimento nacional e o cuidado contínuo dos pacientes com diabetes atendidos pelo SUS.

Canetas reutilizáveis

A caneta reutilizável é indicada para a administração das insulinas NPH e regular, com validade de três anos após o primeiro uso. Somente em 2024, mais de 2,1 milhões de unidades já foram distribuídas.

“A entrega das canetas reutilizáveis contribui para ampliar a adesão ao tratamento e reforça o compromisso do SUS com os pacientes. Apesar da restrição global na produção da insulina, a rede pública de saúde está abastecida. O Ministério da Saúde recorreu à compra internacional diante da escassez no mercado interno, garantindo acesso à população durante todo o ano”, explicou Rafael Poloni, coordenador-geral da Assistência Farmacêutica Básica.

Mudança de tecnologia

O fornecimento atual se dá por meio de canetas reutilizáveis, diferente dos modelos descartáveis pré-preenchidos utilizados por décadas. O refil deve permanecer acoplado até a última dose, exibindo o quantitativo de medicamento restante. Essa mudança exigiu a produção de um número maior de dispositivos.

Até o momento, mais de 62 milhões de unidades de insulina foram entregues aos estados para distribuição em 2025, com 7,6 milhões de unidades ainda previstas para este ano. Para garantir o uso correto das canetas, o Ministério promove treinamentos virtuais e disponibiliza cartilhas de orientação.

Produção nacional de insulina

Para reduzir a dependência externa e enfrentar a escassez mundial, o Ministério da Saúde investe no Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). A produção nacional de insulinas humanas e análogas já integra o quantitativo ofertado pelo SUS.

Em julho de 2025, foi distribuído o primeiro lote nacional, com 207,3 mil unidades de insulina humana NPH e regular, após a transferência de tecnologia da farmacêutica indiana Wockhardt para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e a empresa brasileira Biomm. O governo federal investe R$ 142 milhões na aquisição da tecnologia, beneficiando cerca de 350 mil pessoas. Os contratos preveem a entrega de 8,01 milhões de unidades de insulina à rede pública entre 2025 e 2026.

O Ministério também aprovou uma PDP para a produção nacional da insulina análoga de ação prolongada glargina, em parceria com Bio-Manguinhos (Fiocruz), Biomm e a farmacêutica chinesa Gan & Lee, com previsão inicial de produzir mais de 30 milhões de frascos, garantindo o tratamento de pacientes com diabetes tipos 1 e 2.

SUS garante cuidado integral a pacientes com diabetes

O SUS oferece assistência integral às pessoas com diabetes, desde o diagnóstico até o tratamento adequado, conforme o quadro clínico de cada paciente. A Atenção Primária à Saúde atua como porta de entrada, com acompanhamento contínuo realizado por equipes multiprofissionais. Entre janeiro e maio de 2025, mais de 12,5 milhões de pessoasreceberam acompanhamento e tratamento nas Unidades Básicas de Saúde.

Atualmente, o SUS disponibiliza quatro tipos de insulina: insulinas humanas NPH e regular e insulinas análogas de ação rápida e prolongada, além de medicamentos orais para diabetes mellitus.

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