Nesta quinta-feira, 1º de agosto, o Ministério da Saúde estabeleceu a Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde. O novo órgão tem a finalidade de planejar e coordenar respostas a eventos relacionados ao clima, como queimadas, escassez de água e chuvas intensas.
A Sala começou a monitorar, a partir de ontem, duas situações críticas: as queimadas severas no Pantanal e a seca prolongada na Região Amazônica.
A Secretaria de Vigilância em Saúde Ambiente (SVSA) ficará encarregada da Sala, que terá a responsabilidade de mobilizar equipes de saúde, incluindo a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre suas funções estão a criação de protocolos de resposta rápida para emergências climáticas, a coordenação com gestores estaduais e municipais do SUS, e a divulgação de informações sobre a situação epidemiológica e assistencial. Além disso, a Sala pode propor ações para prevenir e mitigar riscos sanitários e sugerir a alocação de recursos financeiros para os entes federativos.
A Sala de Situação se reunirá semanalmente em caráter ordinário e sempre que necessário em caráter extraordinário, conforme convocação da coordenação. Todas as secretarias do ministério terão representantes na Sala.
Além do monitoramento, a Sala proporá à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente ações educativas e de capacitação para os profissionais de saúde nas áreas afetadas. O foco está nas comunidades mais vulneráveis, especialmente aquelas de baixa renda e indígenas, que enfrentam maiores riscos devido à falta de infraestrutura adequada.
O grupo também visa desenvolver o Plano Setorial de Adaptação à Mudança do Clima, um plano consultivo e temporário que formulará estratégias para a gestão do SUS, com o objetivo de reduzir os impactos das mudanças climáticas na saúde das pessoas e nos serviços de saúde.
