A Polícia Civil de Roraima prendeu 26 integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) durante a Operação Fim de Dança II, realizada na terça-feira, 25. Ao todo, 77 ordens judiciais foram cumpridas em seis municípios de Roraima e no estado de São Paulo, atingindo simultaneamente o núcleo operacional e financeiro da facção. A última prisão ocorreu em Mucajaí, encerrando um dia que também resultou em nove flagrantes e apreensões de drogas, celulares, munições, veículos e outros materiais.
A operação faz parte da terceira fase da RENORCRIM, com investigação conduzida pela DRACO ao longo de seis meses, em parceria com o GAECO e o Ministério Público de Roraima. Mais de 300 policiais civis participaram da ação, incluindo 51 delegados e 95 viaturas, atuando em Boa Vista, Mucajaí, Iracema, Caracaraí, Rorainópolis e São João da Baliza.
Durante coletiva de imprensa, a PCRR apresentou o balanço parcial da operação, detalhando mandados cumpridos e materiais apreendidos. Em Caracaraí, onde houve maior volume de drogas apreendidas, meio quilo de pasta-base de cocaína e veículos foram recolhidos. Dos 22 mandados de prisão preventiva decretados, 17 foram cumpridos no primeiro dia.
As investigações mostraram que o PCC mantinha uma estrutura organizada de tráfico, com “lojas” que faturavam cerca de R$ 1.500 por dia, repassando parte dos lucros para a facção. Entre os presos, três ocupavam funções de alto escalão. Dois mandados também foram executados em São Paulo, incluindo a captura de um operador financeiro do grupo.
A delegada-geral da PCRR, Darlinda de Moura Viana, destacou que esta é a maior operação já realizada pela Polícia Civil em Roraima contra o PCC. Para o GAECO, a ação reforça a importância da integração institucional no combate ao crime organizado.
Os envolvidos foram conduzidos às delegacias para os procedimentos legais e, em seguida, apresentados à Audiência de Custódia. Segundo a DRACO, as investigações seguem em andamento.
