Nesta quinta-feira, dia 2 de maio, a vibrante Comunidade Ilha acolheu a terceira edição dos Jogos das Escolas Indígenas, um evento que se tornou uma tradição no Calendário de Ações da Prefeitura de Boa Vista. Este ano, o encontro reuniu emocionantes disputas esportivas com a participação de 528 alunos, representando orgulhosamente as 12 unidades escolares indígenas da região.
As competições, que prosseguirão até esta sexta-feira, dia 3, contemplam seis modalidades esportivas: Bola ao Alvo, Cabo de Guerra, Corrida Livre, Futsal do Lavrado, Baladeira, além de Arco e Flecha. O prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique (MDB), aproveitou a ocasião para inaugurar uma quadra poliesportiva coberta na Escola Municipal Tuxaua Albino Morais, o local escolhido para sediar os jogos deste ano.
A nova quadra, dotada de uma estrutura moderna e lúdica, já está em uso para sediar algumas das emocionantes disputas do evento. Além disso, a escola foi revitalizada, recebendo um muro com alambrado e a climatização de todas as suas salas, proporcionando um ambiente ideal para o aprendizado e o desenvolvimento dos alunos.
Em um esforço contínuo para fortalecer a educação nas comunidades indígenas e rurais, a Prefeitura de Boa Vista tem investido na construção e revitalização de espaços educacionais. Em 2023, a Escola Municipal Indígena Francisca Gomes da Silva, no Truaru, foi agraciada com uma quadra seguindo os mesmos padrões de qualidade. No mesmo ano, a Escola Leila Maria da Silveira, localizada no Murupu, também recebeu essa importante estrutura. Segundo a Prefeitura, ainda estão previstas a entrega de mais 13 quadras, distribuídas entre escolas indígenas e rurais.
O prefeito Arthur Henrique enfatizou a importância desses investimentos, destacando que “a prática esportiva é essencial para o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças, além de fortalecer valores e trabalho em equipe. Temos investido de forma significativa nas escolas indígenas e do campo, oferecendo o mesmo padrão de qualidade das unidades da capital. Todo esse compromisso reflete diretamente no rendimento dos alunos e contribui para o bem-estar e qualidade de vida deles”.
Atualmente, aproximadamente 900 crianças da pré-escola ao 5º ano do ensino fundamental estudam nas escolas indígenas de Boa Vista, onde têm a oportunidade não apenas de aprender conteúdos acadêmicos, mas também de se conectar com suas raízes culturais. Nas unidades, os alunos têm a chance de aprender as línguas Macuxi e/ou Wapichana, além de desfrutar de um ambiente educacional que valoriza e preserva suas tradições.
Os Jogos das Escolas Indígenas representam mais do que uma simples competição esportiva. Para Consuêlo Sales, secretária municipal de Educação, eles são uma oportunidade de valorizar e resgatar a cultura das comunidades. “É um momento de encontro, aprendizagem, valorização e resgate da cultura indígena. A participação nos jogos vem crescendo a cada edição e isso nos deixa muito orgulhosos em contribuir para o desenvolvimento das nossas crianças”, explicou.
Os alunos participantes dos jogos expressam sua alegria e entusiasmo ao competir e se divertir com os amigos. Pedro Henrique, de 9 anos, aluno da Escola Municipal Indígena Martins Pereira, compartilha sua empolgação: “Estou muito feliz. Acho legal porque os amigos de todas as escolas se juntam para jogar”. Ana Sophia, de 6 anos, aluna da Escola Municipal Francisca Gomes da Silva, também está animada com a competição. “Eu adoro brincar com os amigos e fazer novas amizades. Os jogos que eu mais gosto são a corrida e o cabo de guerra”.
Como forma de valorizar e incentivar os alunos, os Jogos das Escolas Indígenas incluem premiação para as escolas e equipes classificadas do 1° ao 3° lugar, além de medalhas de participação para todos os atletas que não alcançarem o pódio. Essa iniciativa não apenas reconhece o esforço e dedicação dos competidores, mas também reforça o valor do trabalho em equipe e da superação pessoal.
