A Assembleia Legislativa de Roraima aprovou nesta terça-feira (21), em votação simbólica, a prorrogação por mais 120 dias dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Terras. O pedido partiu da própria comissão e tem como objetivo garantir a conclusão das investigações sobre possíveis irregularidades na concessão e regularização fundiária no estado.
Instaurada em fevereiro de 2025, a CPI da Grilagem de Terras foi criada após denúncias do Ministério Público de Contas e já realizou uma série de diligências e oitivas em municípios como Rorainópolis e Caroebe. Durante as apurações, foram relatados casos de ameaças, tortura e destruição de propriedades, além de constatação de documentos fraudulentos em glebas como Baliza, Equador e Ereu.
Entre os desdobramentos, a comissão determinou o indiciamento de 16 pessoas — incluindo ex-servidores do Iteraima, empresários e técnicos — por crimes como fraude, falsidade ideológica e organização criminosa. A CPI também encaminhou recomendações ao novo presidente do Iteraima para o cancelamento de títulos de terra suspeitos.
Com o novo prazo, os parlamentares terão até fevereiro de 2026 para concluir as diligências restantes e apresentar o relatório final ao plenário da Casa Legislativa.