Alunos de 110 escolas da Rede Municipal de Ensino estão participando da 4ª edição da Feira de Iniciação Científica de Boa Vista, que acontece até quinta-feira, 19, na Escola Municipal Palmira de Castro Machado. Com o tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”, o evento reúne 256 trabalhos de pesquisa, a maioria focando em sustentabilidade.
A feira está alinhada à 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e convida todos a refletirem sobre a riqueza dos biomas brasileiros, explorando tanto a biodiversidade quanto a diversidade cultural e os saberes ancestrais das comunidades locais. É uma ótima oportunidade para aprender ciência de forma divertida e acessível.
Incentivo à Pesquisa
A Feira de Iniciação Científica ocorre em duas fases. A primeira foi realizada internamente nas escolas, selecionando os trabalhos mais destacados para esta segunda fase, que inclui alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental (1º ao 6º ano), Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Indígena e do Campo. Todos estão reunidos em um único local.
“A dedicação e o talento apresentados aqui refletem o potencial das nossas crianças e jovens. Incentivar a pesquisa científica desde cedo é fundamental, pois ajuda a desenvolver um olhar crítico e criativo. Esses projetos vão além da escola, contribuindo para o crescimento pessoal e acadêmico dos alunos, e plantando sementes que podem gerar grandes soluções para a sociedade”, destacou a secretária-adjunta de Educação e Cultura, Meiry Jane.
Propostas Inovadoras
A maioria dos projetos foca em sustentabilidade, meio ambiente, tecnologia e saúde. Júlia Yasmin, de 9 anos, aluna do 2º ano da Escola Municipal Branca de Neve, apresentou o trabalho “Proteger para Preservar: Consequências das queimadas para a fauna”, abordando o incêndio no Parque Germano Augusto Sampaio que, em fevereiro, resultou na morte de 14 cobras. Com uma maquete, Júlia retratou o ocorrido e contou que aprendeu a importância de cuidar do meio ambiente.
Outro projeto, do aluno Devid Mathias, de 9 anos, do 4º ano da Escola Municipal do Campo José David Feitosa Neto, destacou os benefícios do buriti para o meio ambiente, economia e saúde. “Nossa ideia foi mostrar que podemos fazer muitas coisas com o buriti. Trouxemos fruta, suco, doce e uma cesta feita com a palha”, disse Devid.
Sobre a Feira
Em 2024, a FEIC/BV traz dois diferenciais. O primeiro é o estímulo à elaboração de práticas pedagógicas inovadoras inspiradas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visam ajudar o Brasil a cumprir a Agenda 2030.
O segundo diferencial é o concurso de desenho para a logo oficial da feira, realizado entre alunos do 4º e 5º ano. O vencedor foi escolhido por uma comissão da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC).
Os três primeiros colocados de cada etapa escolar e o vencedor do concurso de desenho receberão troféus, certificados e medalhas. O primeiro colocado na Classificação Geral da Fase Final poderá credenciar seu trabalho para um evento científico regional ou nacional.
