A Polícia Civil de Roraima (PCRR), por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), deflagrou, nesta quarta-feira (12), a Operação “Cérbero” com o objetivo de desarticular um esquema de exploração sexual de crianças e adolescentes. A ação, que ocorreu em Boa Vista e no município de Cantá, resultou na prisão de dois homens acusados de favorecimento à prostituição e estupro de vulnerável. Um terceiro suspeito está foragido e sendo procurado pelas autoridades.
A Operação “Cérbero” é um desdobramento da Operação Hagnos, deflagrada em novembro de 2024 pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na ocasião, duas pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento em um esquema de exploração sexual infantil, após a denúncia de uma mãe que relatou o abuso sofrido por sua filha de 13 anos. A investigação revelou que a vítima era aliciada por uma mulher, que também utilizava a própria filha para atrair outras vítimas. Um dos envolvidos, de 37 anos, se aproveitava da vulnerabilidade das vítimas, oferecendo dinheiro e presentes em troca de favores sexuais.
Com o aprofundamento das investigações, a DPCA identificou mais duas vítimas, de 13 e 14 anos, e outros três homens passaram a ser investigados sob suspeita dos crimes de favorecimento à prostituição e estupro de vulnerável. A operação “Cérbero” visa coibir a exploração sexual de crianças e adolescentes, que se utilizavam da vulnerabilidade social e econômica das vítimas para cometer os crimes. Os dois homens presos na operação foram conduzidos à sede da DPCA, onde tiveram suas prisões formalizadas e serão apresentados nesta quinta-feira (13) na Audiência de Custódia.
Nome da Operação
Na mitologia grega, Cérbero é o cão de três cabeças que guarda a entrada do submundo. A relação com os três infratores é simbólica, pois cada uma de suas cabeças representa um agressor. Além disso, o nome da operação simboliza a luta para revelar o que está oculto e visa desmascarar crimes, especialmente os sexuais, que ocorrem nas sombras.
