A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que, desde o ano 2000, vacinas contra o sarampo têm salvado cerca de cinco vidas por segundo. No entanto, o número de casos da doença ainda preocupa: somente em 2023, cerca de 10,3 milhões de pessoas foram infectadas em todo o mundo, representando um aumento de 20% em relação a 2022. Segundo a OMS, a cobertura vacinal inadequada é o principal fator desse crescimento, com mais de 22 milhões de crianças não recebendo a primeira dose da vacina no último ano.
Apesar do avanço global da doença, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de país livre do sarampo em 2024, cinco anos após ter perdido esse status. O último caso autóctone foi registrado em junho de 2022, no Amapá, e os dois casos confirmados este ano foram importados. Ainda assim, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), como a forma mais eficaz de prevenir o sarampo e suas complicações graves, como pneumonia e encefalite.
A OMS alerta que, para conter surtos, é necessário alcançar uma cobertura vacinal de pelo menos 95% em todos os países. Em 2023, surtos foram registrados em 57 países, com destaque para a África, que concentrou quase metade dos casos. Apesar da queda de 8% nas mortes globais pelo sarampo em comparação a 2022, a entidade ressalta que crianças menores de cinco anos continuam sendo as principais vítimas de uma doença evitável e que pode ter consequências graves para a saúde.
